terça-feira, 28 de junho de 2011
MARMITA
Elas faziam em torno de trinta a quarenta marmitas, colocavam em dois sacos grandes, e mandava eu e o Itajara vender lá ao lado do Congresso Nacional, (naquela época era chamado de 28, por causa dos vinte e oito andares).
Vendíamos todas. Ao término das vendas nós pegávamos os pregos das bancadas e colocávamos dentro das marmitas e íamos para casa de ônibus.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
CISTERNA
O fundo da cisterna era pura pedra , tinha que furar um buraco nessa pedra e colocar dinamite para aumentar a vazão da água .
Sabem o que aconteceu? Como estava demorando a explodir , fomos todos eu a Guaraciaba, o Itajara, a mamãe , o papai , e o cisterneiro, para a boca da cisterna ficar olhando lá para baixo . Não deu outra , vimos a explosão acontecer . Quase houve um acidente , tivemos muita sorte de não sermos atingidos por pedras lá de baixo.
PREOCUPAÇÃO COM O FIM
Lembranças do Bira.
Eu tinha visto uma propaganda na beira da pista da Samambaia então o levei para certificar; chegando na funerária perguntamos se eles faziam cremação, eles responderam que não. Dali fomos para o Valparaíso de Goiás.
Pergunta aqui, pergunta ali, conseguimos chegar no local. Saímos de lá com o carnê na mão, e com o plano que ele escolheu (o Plano Bronze). Anotei as das de vencimento e coloquei na agenda do meu computador, para ajudá-lo a lembrar da data de pagamento. Ao sair de lá, ele me falou dentro do carro: Bira diga para a Jussara pegar as minhas cinzas e despejar na floresta entre Brasília e Alexânia, então eu respondi, pode deixar que eu falo com ela.
As últimas ele saldou antes do prazo.
CHÁCARA
Lembranças do Bira.
CHÁCARA: Meu pai comprou um terreno em Águas Lindas de Goiás, e construiu uma pequena casa neste terreno fazendo dele uma chácara.
Passava muitos dias nela, plantando maga , abacate , laranja , limão e uma porção de coisas . Todo o fim de ano ele pagava para limpar o terreno e plantava milho para fazer pamonha .
Não me lembro se minha mãe usufruiu dessa chácara. Comprou também mais outros três terrenos naquelas bandas de lá. Em um deles ele construiu uma casa e depois já perto do fim, ele conseguiu vender tudo, dei graças a Deus por isso.
Sei que a chácara era uma realização dele, mas , para mim era só um lugar que só comia o dinheiro dele, e muitos problemas com caseiros, pois muito pouco ou quase nada produzia. Enfim ; era dele, podia fazer o que quisesse.
CINEMA
Lembranças do Bira.
CAMARÃO
Lembranças do Bira.
CAMARÃO: Um dia em um almoço na casa de nossos pais lá na CHIS, a mamãe resolveu fazer um camarão, papai estava trabalhando na subestação da CEB, e chegou mais tarde.
Quando ele chegou foi direto para a cozinha fazer o prato dele, e sentou para comer; daqui a pouco como a tossir e não parava mais. Ai ele perguntou que comida era aquela, a mamãe falou que era camarão, mas eu não posso comer camarão, tenho alergia. Chamei meu pai para ir ao hospital ele não quis. Espremeu alguns limões e bebeu dizendo que só isso iria melhorar. Qual nada E peguei o carro botei ele dentro e a mamãe e fomos parar no Hospital de Base, onde ele foi medicado. Passou umas três horas tomando soro.
APOSENTADORIA
Lembranças do Bira.
APOSENTADORIA: Mamãe aposentou quando trabalhava no Hospital de Base, mas continuou trabalhando. Arrumou uma colocação no hospital psiquiátrico lá perto do setor militar urbano.
Um dia ela estava indo embora, passando pelo Guará onde naquela época a rodovia era de mão única, saiu da pista e bateu com o carro em um pé de eucalipto, vindo falecer no meio do caminho, por esmagamento do tórax, era 16 de agosto de 1984 às 17:15h, aos 63 anos. Eu estava no trabalho quando recebi a notícia. Neste dia eu desabei.
Assinar:
Postagens (Atom)